quinta-feira, 6 de novembro de 2008
MINHAS AMIZADES
Este ano, tive o prazer de materializar dois aspectos novos. Embora se saiba que há muita gente mal-intencionada na Internet, não me posso queixar. Tenho conhecido pessoas muito interessantes graças a esse meio de comunicação. Posso inclusive gabar-me que tenho mais amigos do que dedos nas mãos. Cada dia que passa, comprovo que viver para o nosso umbigo limita a realidade e o próprio mundo. Gosto de olhar em frente e para os lados e ver os umbigos dos outros, rsrs... Talvez por isso, as pessoas confiem em mim e gostem de conversar comigo. Acredito que todas as pessoas são únicas e que posso sempre aprender algo com elas e trocar experiências que nos façam enriquecer mutuamente. Tento dar um pouco de mim a todos que se aproximem de mim e recebo sempre muito em troca.
DRIKA
************************** AMIZADE DEPRESSIVA ***************************
Seria insensato pensar que a amizade é um sentimento sentido por todos, da mesma forma. O ser humano relaciona-se com os outros através da sua própria percepção, filtrando o mundo através da sua grelha de saberes, experiências e vivências anteriores.
Hoje vou falar sobre a amizade depressiva.
A amizade depressiva surge quando alguém que se sente em baixo se aproxima de nós para lhe darmos apoio. Sentimo-nos lisonjeados porque alguém reconhece em nós um psicólogo em potência, como se fôssemos mais confortáveis que o próprio divã de um psiquiatra. Seguimos de perto a amizade depressiva, tornamo-nos disponíveis porque sabemos que alguém precisa de nós. Ouvimos dias e dias a mesma lamentação. Passo horas a NET ou até em presença a prestar atenção a confidências e até segredos sombrios que às vezes não gosto de descobrir. Por vezes, até prejudico outras pessoas (familiares, amigos,) não estando com elas para dar assistência a amizade depressiva. A verdade é que a amizade retribui, e é capaz de fazer qualquer coisa por nós, gosto também de saber que pode dar uma, certa dose de reciprocidade. No fundo, o que é a amizade, senão entre - ajuda, nos sentimentos e nas ações?
E há um momento em que a amizade depressiva melhora e fico contentes. Já não sou imprescindível, ter a sensação que uma vida depende de como eu falar. Medo pois posso falhar. A amizade depressiva passa a amizade simples.
E depois há um dia, em que por motivos externos ou internos, a vida nos deita abaixo e sou eu que entristeço, sentindo-me infeliz e precisando de alguém. Decido recorrer a quem já passou por isso. Acho que sim, alguém poderá compreender-me, ouvir-me, prestar a atenção a qual preciso. Penso que as sementes de amizade que anda há plantar tantos meses, tantos anos, deram fruto e que posso colher palavras de carinho, conforto e amizade, tempo de partilha e toda a disponibilidade que puder. Pois é… O problema é que muitas vezes isso não acontece. Ouvem umas vezes, mas outras nem atendem o meu chamado, socorro. Aparece alguém uma vez e outras nem sabem onde estou. A reciprocidade não funcionou, estão ocupadas com os seus afazeres, com outras pessoas e o tempo que nos sobra é quase nenhum. Ao fim de uns tempos, compreendo que, se dependo dessa pessoa para me reerguer, que bem fico abaixo do cão, sei que estou sozinha e que se quero passar a perna à depressão, só o posso fazer por mim própria, com a ajuda de alguém que me ama de verdade. Esse alguém é Jesus Cristo.
A vida continua e a depressão acaba por passar, mas houve algo que se quebrou: um pequeno posso que já se torna difícil de ultrapassar. É preciso construir uma ponte do meu lado, para a amizade poder sobreviver… E assim é a história da maioria das amizades depressivas, salvo raras exceções…
Dedico este texto às minhas amigas: BRASILINA, que sabe o que eu quero dizer com isto e às minhas amigas, ( ADRIANA, MARCIA. FATIMA E FABIENE) que, embora «virtuais» me deram a mão (por telefone, por sms, por email, com presentes inesperados) quando precisei, obrigada!
FIKO LINDO AKI!
ResponderExcluirPARABENS!
=D